OTAN: Países membros e convidados agem no combate ao terrorismo na Somália
- Ana Cecília de Almeida Pinheiro
- Beatriz Teixeira de Vasconcelos
- Maria Carolina Rodrigues da Matta Mello
Os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e outras nações convidadas debateram, no sábado, 12 de junho, acerca de medidas necessárias no combate à crise humanitária na Somália, país que atualmente sofre com o terrorismo e uma consequente falência de estado. Após 3 horas de discussões, a sessão foi encerrada com uma perspectiva de melhora no cenário atual do país.
O debate iniciou-se a partir de esclarecimentos relacionados à Somalilândia, território que serve de refúgio para civis somalis e é fundamental para a proteção de refugiados. A delegada dos Estados Unidos, Nair Fonseca juntamente com o delegado dos Emirados Árabes Unidos, Aécio Dalton, recorreram a um possível reconhecimento do território da Somalilândia como um Estado, visto que possui soberania, território, governo e comunidade, compreendendo a sua existência como crucial para os civis.
Maria Victoria de Andrade, delegada da Rússia, propôs que outros países também auxiliassem na recepção dos refugiados, visto que a Somalilândia ainda era uma região em desenvolvimento. Ao longo da reunião, decidiu-se que os Estados Unidos, os Emirados Árabes Unidos e o Egito iriam trabalhar juntos na acolhida e proteção dos civis somalis.
Em sequência, devido às discussões sobre a necessidade de intervenções dos países no local, a delegação russa também exigiu uma maior participação do Reino Unido, ressaltando a existência de uma dívida histórica relacionada à colonização, à exploração de mão de obra e à poluição com indústrias, que mergulharam a Somália em uma grande crise. A delegada do Reino Unido, Lara Fernandes justificou que já foram realizadas conferências anteriormente e alguns projetos em prol da Somália já existem, mas acredita que é possível buscar outros métodos de contribuição.
Entre os principais pontos debatidos na conferência, um destaque foi o investimento monetário para a melhoria de infraestruturas, saúde e educação no país. Foi feito um acordo relativo ao desenvolvimento de um plano de metas para destinar investimentos para o país africano, fiscalizados pelos representantes administrativos dos Estados Unidos e da Rússia, a fim de evitar desvio de verbas para outros setores.
A discussão acerca de uma possível intervenção militar foi uma constante durante toda a sessão, porém foi logo descartada visto a urgência nas ações de combate ao terrorismo na região.
Durante a reunião, o comitê foi advertido que um diplomata francês enviado pela ONU para entregar doações na Somália havia sido sequestrado pelo grupo terrorista Al Qaeda. As delegações resolveram agir com cautela, a julgar pela delicadeza da situação, e decidiram por recorrer ao uso das forças inteligentes dos Estados Unidos (a CIA, Agência Central de Inteligência Americana) e da Rússia (a FSB, Serviço Federal de Segurança), para em conjunto localizar os terroristas para então enviar tropas militares ao resgate do diplomata.
A delegação do Reino Unido propôs o envio de suas frotas navais, incluindo porta-aviões, submarinos e navios de abastecimento e de distribuição para o Oceano Índico com o intuito de escoltar e defender os navios de ataques dos piratas somalis. Também ficou estabelecido que o Reino Unido, em conjunto com as nações dos Emirados Árabes Unidos e da Rússia, instalará bases militares na região para proteger os civis e oferecer treinamento militar e combate contra os terroristas.
Ao final da conferência, as decisões acerca da intervenção militar ficaram em aberto, porém a reunião prosseguiu sem mais interferências e com um acordo entre os países, o que sugere uma esperança na mudança do ambiente atual da Somália.
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