Anarriê, alavantú, balancê!
Balões e bandeirinhas coloridas, roupas quadriculadas, chapéu de palha e espigas de milho: chegou a época das festas juninas. Até parece que sempre foi assim, mas a comemoração não surgiu ligada a esses ícones. “Como toda manifestação festiva, as festas juninas incorporaram elementos das diferentes regiões e culturas onde eram praticadas ao longo dos séculos”, esclarece a professora de História da Universidade Estadual do Piauí, Viviane Pedrazani, pesquisadora do patrimônio cultural piauiense.A festividade surgiu em homenagem a deusa Juno, para celebrar as colheitas. Com o passar do tempo, a Igreja Católica passou a influenciar a festa, pois ela acontece no período de nascimento de São João Batista. “Assim, passou a ser uma comemoração da Igreja Católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro”, explica o coordenador pedagógico da Escola Materno Infantil Padre Pedro Arrupe (EMIPA), integrante da Rede Jesuíta de Educação, Ir. Jorge de Paula, SJ. Ao chegar no Brasil novos elementos foram acrescentados a tradição, como as comidas típicas feitas a base de milho, apropriadas da culinária indígena. No início, as festas juninas aconteciam predominantemente nos ambientes rurais. “Daí a tradição ‘caipira’ das roupas, da decoração e do jeito de brincar”, salienta Pedrazani. A festividade é realizada de norte a sul do país, mas se destaca na região Nordeste pelo envolvimento popular. No Piauí, acontecem grandes ‘arraiais’, como Cidade Junina e Encontro Nacional de Folguedos. No interior do estado também há intensos festejos, marcados pela religiosidade. Quadrilhas, dança dos vaqueiros, corridas de jegue e desfiles de carroça são alguns dos elementos tradicionais das festas juninas nos municípios interioranos piauienses. “O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas”, conta o Ir. Jorge de Paula, SJ. Também é comum que os moradores acendam fogueiras nas ruas em homenagem aos três santos celebrados. Para Pedrazani, a festa junina é um patrimônio cultural, ainda que não reconhecido oficialmente. “Ela é parte de nossa identidade e possui fortes laços de memória, de afeição e de espírito de comunidade, pois confere sentido as relações de amizade, familiares, de vizinhança”, ressalta. Ainda segundo ela, a religião tem o papel fundamental de unir os vários elementos que compõem a festa.Confira as datas das festas no Diocesano Infantil:Dia 17 – Infantil II – prédio da Educação Infantil – 16h30Dia 20 – Infantil I – prédio da Educação Infantil – 16h30Dia 21 – Maternal I – prédio da Educação Infantil – 16h30Dia 22 -Maternal II – prédio da Educação Infantil – 16h30Dia 24 – 1º ano do Ensino Fundamental – Colégio Diocesano (prédio da Praça Saraiva) – 18h30
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